E eu que pensei que aos 18 anos seria independente e andaria sem responsabilidades e documentos pelos caminhos do mundo, me vejo hoje amante dos hábitos caseiros, apaixonada por filmes nos sábados, adorando uma pizza com a família, debaixo das azas de meus pais, e feliz da vida.
E eu que jurei não morrer de amores e defendi o amor livre, agora me matam por dentro as paixões de uma vida amantes. E eu no auge na minha rebeldia pensei que ser independente era simplesmente não depender de outra pessoa, fazer o que quisesse sem consequências, e sem dar explicações, quis me virar sozinha, gritei que não precisava de ninguém, hoje no auge de minha juventude, penso que isso nada tem a ver. Não sei se sou independente em minha vida e sei que na verdade ninguém independe totalmente do outro- só sei que sou livre. Livre em meus pensamentos, sentimentos e ações. E o que é liberdade sem independência, e independência sem liberdade? Um grande vazio, que eu, felizmente, nunca conheci.
